sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Os meninos da Estação Zoo

Desde a década de 70 e do livro de Christiane F., os arredores da Estação Zoo, em Berlim, são um famoso ponto de prostituição gay. Era lá que nosso querido Detlef e seus amigos se prostituíam.

O filme "Die Jungs vom Bahnhof Zoo" (traduzindo, "Os Meninos da Estação Zoo") retrata um pouco do cotidiano e da vida de alguns garotos de programa do local. Para o lançamento mundial, o filme ganhou o nome de Rent Boys, que quer dizer "Garotos de Aluguel".


Daniel-René começou a se prostituir aos dezesseis anos e sofreu, como muitos outros jovens, abuso sexual na infância. Ionel volta a sua vila natal na Romênia, onde reencontra a pobreza que o levou a imigrar. Nazif é um refugiado da Bósnia, que veio para a Alemanha ainda criança. E Romica integra uma família que faz da prostituição um meio de sustento. O filme foi exibido no Festival do Rio em 2011.


A diretora Rosa von Praunheim nasceu em 1942, na Letônia. Estudou Pintura na Offenbach College of Commercial Art e na Berlin's College of Arts. Estreou em longametragens em 1971, com Die Bettwurst. Em sua filmografia se destacam as obras Die Aids-Trilogie (1990), trilogia de documentários sobre a AIDS, vencedora do Teddy Award no Festival de Berlim; Ich bin mein einge Frau (1993), que ganhou o prêmio FIPRESCI no Festival de Roterdã; e O Einstein do Sexo (1999), que esteve na competição oficial do Festival de Locarno.



Trailer do documentário Os meninos da Estação Zoo (legendado em inglês)




Fonte: festivaldorio.com.br

sábado, 6 de outubro de 2012

Verslag van een junkie III

Mais uma capa da versão holandesa do livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." (clique na imagem para ampliar).

Na Holanda, o livro ganhou o nome "Christiane F., verslag van een junkie", que significa "Christiane F., relato de um viciado".


Confira outras capas do livro ao redor do mundo
Saiba mais sobre a entrevista que deu origem ao livro

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Coluna da atriz Márcia Cabrita para a Revista Istoé

Christiane F. e eu


Tem pai que enche a cara de vodca e fica desesperado porque o filho está fumando maconha. Não sei qual é a diferença




Eu tinha 12 anos. Alguém foi expulso da escola por fumar maconha. Maconha? Na minha casa essa palavra nunca tinha sido pronunciada. Mas o esclarecimento veio logo depois: minha professora de moral e cívica nos alertou sobre um caso de um garoto que fumou a tal coisa e engoliu um papagaio. Sim, isso mesmo, fumou maconha e engoliu um papagaio vivo. Essa imagem me apavorou. A vida toda tive medo de me meter com aquilo e engolir algum penoso. Mais tarde, li e reli a história de Christiane F., menina alemã que chafurdou nas drogas, fumou o baseado que o diabo enrolou, viciou-se em heroína e aos 13 anos se prostituía na estação Zoo em Berlim. Não satisfeita, assisti ao filme homônimo e fiquei ainda mais apavorada e com medo de acontecer o mesmo comigo, sem o glamour de Berlim, Niterói nem tem metrô. Nunca mais soube de minha amiga Christiane até o Google me contar que ela, ao contrário de sua companheira de loucura que morreu de overdose aos 14 anos, está viva, parou e voltou a se drogar uma dezena de vezes; ela, que na adolescência usou água da privada para dar mais um pico, milagrosamente, mantém seus lindos olhos azuis. Minha experiência com drogas é quase nula, não gosto da onda e minha grande aventura foi quando, totalmente desavisada, tomei um Chocomilk vitaminado com ácido dentro. Meus amigos resolveram fazer essa brincadeirinha comigo chefiados pelo meu namorado na época, que julgava que eu deveria “abrir minha cabeça”. Logo mudou de opinião depois que passei 12 horas falando sem parar e conversando loucuras com transeuntes desconhecidos. Definitivamente não tenho talento para “abrir minha cabeça”, meus porres são patéticos, com duas taças de vinho falo uma dúzia de besteiras, volto para casa e já estou curada.

Dito isso, sinto-me totalmente à vontade para apoiar a liberação das drogas. Não consigo enxergar a diferença entre maconha e cerveja, uísque e cocaína. Tudo isso é um problema imenso para os dependentes químicos e suas famílias. Tem gente que toma uma cervejinha e vai dormir na boa, tem gente que não consegue parar e destrói a vida por causa de uma bebida considerada leve que tem propaganda na televisão. Tem muito pai que enche a cara de vodca e fica desesperado porque o filho está fumando maconha. Não sei qual é a diferença. Visitei os cafés de Amsterdã, onde se pode fumar à vontade, claro que não gostei daquele fumacê, mas nada diferente dos bares do Baixo Gávea.

Pergunto-me qual profissão os traficantes escolheriam, caso acabassem com o tráfico. Dificilmente se tornariam exemplos de pais de família, mas será que não diminuiria a violência, começando pelas crianças seduzidas pela grana rápida do aviãozinho? As comunidades não teriam mais paz? A droga na mão do Estado não tiraria parte do poder dos bandidos? Por acaso as pessoas se drogam menos porque é proibido? Algum doidão tem medo de se arriscar porque pode ser preso? Entendo quem seja contra, é realmente um pouco assustador, mas não seria inteligente discutir um pouco mais sobre isso?

Drogas leves, pesadas, álcool, remédios e tudo que atrapalha a vida por adicção, por fim, é a mesma coisa. Problema de saúde pública. Taí Heleninha Roitman que não me deixa mentir.

Não acredito nas marchas contra a legalização, me parecem apenas uma demonstração de moral e cívica. Será que eles estão com medo da história do papagaio?


Fonte: istoe.com.br

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...



Estas são a capa e contracapa de uma das edições que o livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." teve no Brasil.

Este exemplar possui 254 páginas e é do ano de 1985, quando ainda era comercializado pela editora Abril Cultural (hoje é pela editora Bertrand, do Grupo Editorial Record).


Faça download do livro em PDF

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A nova discoteca: Sound Dillingen

A discoteca Sound funciona atualmente em outro endereço, bem distante de Berlim. Depois de muitas tentativas de reabertura fracassadas, a boate parece ter se firmado novamente, no entanto sem conservar nenhuma característica em comum com o estilo alternativo de antigamente.

No mapa abaixo, o ícone roxo representa a localização da Sound original, aonde Christiane F. e seus amigos se divertiam; em vermelho, a atual Sound Dillingen.



A discoteca Sound nos anos 70 e seu fechamento
Reabertura da Sound nos anos 80 e o incêndio que a destruiu
Sound nos anos 2000
Conheça a Sound original em Berlim


A Sound ainda é uma boate muito moderna. Não há como dizer se ainda é a Discoteca Mais Morderna da Europa (Europas Modernste Discothek), mas com certeza, não deixa a desejar a nenhuma outra e se destaca no quesito tecnologia, contando com um belo projeto de decoração, sistema de iluminação especial, um bar muito interessante e uma área chamada Facebook Corner (Espaço Facebook), equipado com computadores Apple para uso dos frequentadores.












Site: sound-dillingen.com
Facebook: facebook.com/SoundDillingen
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