domingo, 30 de setembro de 2012

A Sound atualmente

Avenida Genthiner Straße, 26. A Sound funcionava nas portas à esquerda da loja decorada com plantas. Infelizmente, o imóvel sofreu danos devido a um incêndio ocorrido em 1988.


Ver mapa maior



A seguir, o vídeo mais legal de todos os tempos. Simplesmente épico. Vamos entrar na Sound!



No vídeo, é possível ver a calçada do lado de fora, a escada que leva ao subsolo, algumas salas, os armários aonde os frequentadores guardavam seus pertences e o encanamento dos antigos banheiros, aonde muitos (inclusive Christiane F. e seu namorado, Detlef) se picavam.


A discoteca Sound nos anos 70 e seu fechamento
Reabertura da Sound nos anos 80 e o incêndio que a destruiu
A Sound nos anos 2000
A nova discoteca: Sound Dillingen

Depois de passar por vários proprietários e sobreviver a um incêndio, o imóvel, hoje abandonado, é o retrato da decadência. Andar pelos porões escuros e sujos da Sound é triste, quando sabemos o quanto esse local afetou a vida de muitos de seus frequentadores -- muitas vezes, definitivamente.

Ter a possibilidade de entrar na Sound é tão estranho como sentir saudade de uma vida que não foi nossa.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Sound nos anos 2000


A Sound em 2000





A Sound em 2006








clique nas miniaturas para ampliá-las



Saiba mais sobre a discoteca Sound:
Anos 70
Anos 80
A Sound atualmente
A nova discoteca: Sound Dillingen

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Sound nos anos 80

A Sound foi uma descoteca alemã da qual Christiane F. e seus amigos eram frequentadores assíduos. Foi lá que ela conheceu Detlef e foi lá que ele se picou pela primeira vez.

Depois de ser fechada nos anos 70 devido a problemas burocráticos, foi reaberta nos anos 80, sob nova direção e manteve-se no habitual número enorme de visitantes.


Leia mais sobre a discoteca Sound nos anos 70



Fachada da discoteca Sound na Genthiner Straße, em Tiergarten




Cartazes da Sound na rua Hauptstraße, em Schöneberg, Berlim (abril de 1983). Photo by Gerhard Doerries




Ingresso da Sound datado de 1987




Simultaneamente, bem longe de Berlim, em Dillingen, no Saarland, foi aberta uma filial da casa noturna, que possuía o mesmo estilo de festa e de música e fazia o mesmo sucesso entre os jovens.


Fachada da discoteca Sound em Dillingen



Enquanto isso, a "original", localizada na Genthiner Straße, em Berlim, foi completamente destruída por um incêndio em 1988, momento em que já tinha mudado de proprietário.

Houve várias tentativas de reabrir a Sound em Berlim. Uma delas ocorreu em um imóvel na Avenida Miraustraße, 16:


Ver Christiane F num mapa maior



Em Dillingen, a discoteca mudou de endereço e passou a funcionar na Rua Bismarck, 90, próximo à academia Studio 90 Fitnesslounge:



As tentativas de manter o clube funcionando falhavam e a Sound sempre acabava tendo que fechar suas portas.

Mais sobre a Discoteca Sound:
A Sound nos anos 70
A Sound nos anos 2000
A Sound atualmente
A nova discoteca: Sound Dillingen

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Discoteca Sound

A primeira vez que Christiane F. fumou haxixe foi em sua própria casa, ao som de David Bowie, acompanhada de Kessi e de dois amigos, Piet e Charly. Pronto: agora ela fazia parte da turma.


Saiba mais sobre Kessi
Por que Christiane ficou amiga de Kessi?


A Sound (ou S.O.U.N.D.) foi uma discoteca berlinense existente na década de 70 e 80. Seus cartazes anunciavam que era a Europas Modernste Discothek, isto é, A Discoteca Mais Moderna da Europa. De fato, a Sound merecia esta classificação, uma vez que já naquela época possuía tecnologias de projeção de laser, máquina de fumaça e uma sala de cinema. Além disso, as mãos dos frequentadores eram carimbadas com uma tinta que só podia ser vista na luz negra, uma baita novidade.



Nos anos 70, Berlim foi salpicada com os cartazes multicoloridos do Sound, a Discoteca Mais Moderna da Europa



Era o lugar da moda entre os jovens que viviam em Berlim. A boate foi inaugurada em junho de 1971, na Avenida Genthiner (Genthiner Straße), número 26, no bairro de Tiergarten, próximo ao metrô Kurfürstenstraße. Abria todos os dias, às 19h. Houve uma época em que Christiane F. estava lá todos os finais de semana.

No início, a discoteca se chamava "CENTRUM 2000", depois "Unlimited!", tendo sido renomeada para Sound em 1973. Lá tocava rock progressivo e música experimental, além de música contemporânea e, é claro, muito David Bowie. Também havia apresentações de bandas ao vivo.



Fachada do Sound, na Estrada Genthiner, 26



A Sound ficou muito famosa após o lançamento do livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." e sua popularidade aumentou como local de tráfico e consumo de drogas. Por esta razão, durante um tempo, a Sound perdeu sua licença até mesmo para comercializar bebidas alcoólicas.

Apesar da proibição, os frequentadores ainda eram capazes de conseguir heroína e próximo dali ainda havia prostituição de adolescentes.





Devido a problemas fiscais, a Sound foi fechada e reaberta somente nos anos 80, sob nova gestão.

Mais sobre a Discoteca Sound:
A Sound nos anos 80
A Sound nos anos 2000
A Sound atualmente
A nova discoteca: Sound Dillingen

sábado, 22 de setembro de 2012

A amizade de Christiane com Kessi


Christiane aos 15 anos, em 1978


Susanne Kuhn, mais conhecida como Kessi, é a primeira amiga importante de Christiane F. que aparece no livro. Depois vieram Detlef, Babsi, Stella, as Tinas, mas elas são assunto para posts futuros.

Christiane e Kessi se conheceram no colégio Helmholtz-Oberschule Gesamtschule, e foi com ela que Christiane começou a frequentar o Centro de Jovens e depois a discoteca Sound. Foi com ela também que Christiane começou a se drogar.


Leia mais e veja fotos de Kessi
Fotos do colégio onde Christiane F. e Kessi estudaram


Christiane F. tinha então, onze ou doze anos de idade. Esta fase marca a transição da infância para a adolescência e representa o início de um busca por emancipação e individualidade. É neste momento que a criança passa por uma série de alterações psicológicas onde começa a dar mais importância às amizades, se agrupa com amigos que possuem algo em comum e passa a ser mais reflexiva e questionadora quanto aos modelos adquiridos pelos pais. São os primeiros passos da busca pela independência e da formação de sua personalidade.

Até então, Christiane F. sofria em casa com um pai negligente, irresponsável e violento. Por vezes apanhava ou levava sermões por pequenas travessuras ou acidentes. Dessa forma, em seu ambiente familiar, é provável se sentisse, inconscientemente, subjugada e desrespeitada.


Saiba mais sobre o pai de Christiane F.


Por este motivo, Christiane F. acabou por desenvolver grande necessidade de se afirmar: já aos oito anos de idade, como mecanismo de defesa, Christiane se impunha e assumia posturas de comando sobre as outras crianças, como podemos ver no seguinte trecho do livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...", sobre as brincadeiras nos elevadores do Conjunto Gropius:

"(...) brincar com os elevadores. A primeira coisa a fazer, evidentemente, era amolar uma outra criança. Pegávamos uma delas, metíamo-la à força dentro do elevador e apertávamos todos os botões, enquan to impedíamos o outro elevador de funcionar."


Por vezes, a própria Christiane foi a vítima desta brincadeira, que a colocava em condição de fraqueza, até que aprendeu a se defender, assumiu posição de poder e passou a fazer o mesmo com outras crianças menores e mais ingênuas.

Em outro trecho, Christiane demonstra o controle que ela e uma amiga exerciam sobre Anette, sua irmã mais nova:

"Nós lhe dávamos ordens: lavar a louça, tirar o pó, enfim, fazer todo o serviço doméstico de que nossos pais nos haviam encarregado. Depois disso, pegávamos nossas bonecas, trancávamos minha irmãzinha no apartamento e íamos passear. Nós só a deixávamos livre quando ela terminava todo o trabalho."


Em várias outras partes do livro, já aos doze anos de idade, Christiane demonstra estar acostumada a se afirmar perante os colegas de classe e professores, muitas vezes agredindo-os ou perturbando as aulas. Queria ser poderosa como seu pai e exercer controle sobre as pessoas.

Christiane amava o poder e foi, justamente, o poder de Kessi que despertou sua atenção. No livro, é possível perceber a grande admiração que sente por ela desde o momento em que se conhecem, afinal de contas, Kessi já tinha seios de verdade e parecia ser dois anos mais novas do que os outros. Além disso, ela tinha um namorado, se comportava como a líder da turma e todos a respeitavam. Christiane queria ser sua amiga.

"Meu dia de glória foi aquele em que Kessi me autorizou, finalmente, a sentar-me ao seu lado."


Christiane tinha por objetivo agradar Kessi, e é natural que copiasse o comportamento da amiga e fizesse tudo o que ela sugerisse. Implorou para que sua mãe lhe comprasse um sutiã, começou a usar maquiagem e a matar aula. Passou a frequentar, também, o Centro de Jovens, aonde conheceu vários outros jovens tão descolados e poderosos quanto Kessi. Christiane queria ser como eles.

Um dia, apareceram no Centro com um enorme cachimbo contendo haxixe, um derivado da maconha. Acenderam e o cachimbo começou a circular. Todos tragaram, inclusive Kessi. Na primeira vez, assustada, Christiane recusou. No entanto, se quisesse fazer parte do grupo, não poderia continuar recusando por muito tempo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Christiane F. e o LSD

A situação em família ficou mais difícil quando a irmã de Christiane foi morar com o pai. Agora eram somente ela, sua mãe e Klaus, seu padrasto.

Não suportando mais permanecer em casa durante o dia, pela presença de Klaus, e cada vez mais ligada a seus amigos, Christiane F. passou a contar as horas para ir ao Centro de Jovens. Queria passar o máximo de tempo fora de casa.


"Esperava, impacientemente, pelas cinco horas, a hora em que abria o Centro de Jovens. Às vezes encontrava-me com Kessi e com alguns amigos do bando no início da tarde."


O Centro de Jovens
O fechamento do Centro de Jovens


Aos treze anos, Christiane fumava haxixe todas as tardes, mas somente fumar já não era mais suficiente: também bebia vinho ou cerveja para se desligar da realidade que tanto a atormentava.

Assim como na primeira vez em que fumara haxixe, Christiane F. tomou LSD pela primeira vez por curiosidade e necessidade de se inserir no grupo. Queria ser igual àqueles que ela tanto admirava. Sua amiga Kessi já tinha tomado um comprimido e estava "viajando". Um amigo deu-lhe um comprimido, que ela tomou no banheiro do Centro de Jovens. Sua primeira viagem só fez efeito quando estava voltando para casa, em Rudow.

"Tomamos o metrô e, aí sim, a coisa começou a funcionar. Uma verdadeira loucura! Tive a sensação exata de estar dentro de uma lata de conserva e que alguém remexia lá dentro com uma colher gigante. O barulho do metrô, quando no túnel, era de enlouquecer. Insuportável mesmo. Pensei que não fosse agüentar."

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fechamento do Centro de Jovens

Foi no Centro de Jovens protestante "Haus der Mitte" que Christiane F. se drogou pela primeira vez, no início da adolescência. Logo as drogas tomaram conta do lugar, que teve que ser fechado.



Em 10 de dezembro de 1976, foi publicada a seguinte notícia sobre o fechamento:

Crônica de Berlim: 10 de dezembro de 1976

"O Centro de Jovens 'Haus der Mitte', no Gropiusstadt, nos últimos anos uma das mais importantes instalações de lazer para os jovens em Neukölln, foi fechado no meio da semana passada. De acordo com o diretor, o pastor Jürgen Quandt, as razões para o fechamento residem na 'rápida expansão do consumo de heroína entre os jovens em Neukölln'. O problema das drogas existe para a 'Haus der Mitte' por muitos anos em larga escala, Quandt disse. Especialmente nos últimos seis meses, a situação piorou. Pelo menos 30 visitantes do Centro hoje são considerados como consumidores de drogas pesadas.



Saiba mais sobre o Centro de Jovens e veja mais fotos


Para os indivíduos afetados, especialmente os jovens, isso significou uma rápida ascensão do desemprego e da criminalização. Como o 'Haus der Mitte' lida com aconselhamento de drogas e a situação saiu de controle, a decisão do fechamento foi tomada para suspender as atividades temporariamente."


Fonte: www.tagesspiegel.de

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Centro de Jovens

Christiane F. foi ao clube do Centro de Jovens (Evangelisches Zentrum Haus der Mitte) pela primeira vez por sua amiga Kessi foi lá que teve o primeiro contato com as drogas. No trecho abaixo, acompanhe a descrição de Christiane sobre o local.

"Era um lugar em que os jovens se reuniam sob a orientação da Igreja protestante. No subsolo havia uma espécie de discoteca, "o clube". A entrada só era permitida aos maiores de catorze anos, mas ninguém notava que Kessi acabara de completar treze anos."


Abaixo, algumas fotos que encontrei do Centro de Jovens:






Escada que levava ao clube no subsolo:



O Evangelisches Zentrum Haus der Mitte foi fechado por Jürgen Quandt, o pastor responsável pelo Centro, devido ao problema das drogas. Posteriormente, o Centro foi reaberto como um Centro Antidroga, com um consultório especializado mantido pelo governo e um centro preventivo. Ficava localizado na região do conjunto Gropius. De acordo com a placa da primeira foto, tirada em 2005, o clube fica localizado na rua Lipschitzallee, número 50, no Gropiusstadt.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Susanne Kuhn (Kessi)

Não existe muita informação na internet sobre Susanne Kuhn, a amiga de Christiane F. com quem ela começou a frequentar discotecas e a usar drogas, no início da adolescência. As duas se conheceram no colégio Helmholtz-Oberschule Gesamtschule.

No livro, "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...", Susanne foi chamada de Kessi. Ela foi, durante um tempo, a melhor amiga de Christiane, até o dia em que sua mãe surpreendeu as duas no metrô, às dez da noite, quando deveriam estar em segurança na casa de Christiane, conforme disseram que estariam. Kessi estava dormindo em um banco, completamente drogada e acordou vomitando. Sua mãe lhe deu duas bofetadas e proibiu a amizade das duas. Anos depois, Christiane F. reconheceu que a atitude da mãe de Kessi foi correta e que se sua própria mãe tivesse feito o mesmo, ela não teria chegado ao fundo do poço nas drogas e prostituição como chegou. Essa conclusão está presente no livro, no trecho citado abaixo.

"Esse par de bofetadas na estação de metrô provavelmente evitou muita coisa. Sem ele, Kessi teria, sem dúvida, e antes ainda que eu, aterrissado na "cena" e na prostituição de crianças."

A última aparição pública de Kessi foi na reportagem realizada pela Spiegel TV, em 1995, aonde ela parece ser uma mulher saudável e equilibrada (ao contrário de Christiane, que viveu quase uma vida inteira de excessos). Ela se afastou das drogas ainda na década de 70.

O que se pode encontrar sobre Kessi são as duas seguintes fotos:


Kessi e Christiane F. em um passeio de lancha, quando elas tinham por volta de vinte anos de idade




Kessi na reportagem da Spiegel TV, em 1995

domingo, 9 de setembro de 2012

Yo, Christiane F. - Hijos de la droga

"Yo, Christiane F - Hijos de la droga"


Na Espanha, nosso livro favorito foi lançado pela editora Círculo de Lectores e nomeado Yo, Christiane F - Hijos de la droga, cuja tradução é "Filhos da droga".

A capa desta edição, lançada na década de 80, foi ilustrada com uma foto da Christiane F. real, após sua identidade ser revelada para a mídia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Klaus, o padrasto de Christiane F.

Após o divórcio dos pais de Christiane F., sua mãe começou a namorar Klaus, um amigo do ex-marido. Logo Christiane, a irmã e a mãe foram morar com ele, em Rudow, uma estação de metrô depois do Conjunto Gropius.


Mapa de região: em amarelo, o colégio de Christiane F.; em rosa, a rua onde morava, no Conjunto Gropius; a área mais clara destaca o centro de Rudow, seu novo lar


Klaus era jovem e se esforçava para cativar Christiane e sua irmã, Anette, sem sucesso. Christiane, enciumada, passou a vê-lo como um obstáculo entre ela e sua mãe e passou a agir cada vez mais agressivamente.

Klaus não sabia como responder aos ataques de Christiane. Tinha apenas vinte anos de idade, se viu apaixonado por uma mulher que já possuía duas filhas e não sabia como lidar com uma família que não havia sido construída por ele mesmo. Basicamente, fora empurrado para uma responsabilidade de pai (que não era sua, de início) sem estar devidamente preparado. Não demorou até que ele perdesse a paciência com as reações mal criadas das meninas.

Parecia satisfeito quando as enteadas não estavam em casa. Depois de um tempo, Anette foi viver com o pai, Dieter Felscherinow. Já Christiane não suportava a ideia de voltar a morar com ele. Dessa forma, procurava passar cada vez mais tempo na rua, aonde ficou quase que permanentemente exposta às influências dos amigos, o que, juntamente com a negligência de sua mãe, seria decisivo para seu destino e seu ingresso no submundo das drogas e prostituição.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O divórcio dos pais e a nova vida

Depois de um dos surtos de fúria de Dieter Felscherinow, o pai de Christiane F., a mãe tomou uma decisão muito importante:

"Sem dizer quase nada, ela empacotou algumas coisas, pôs o gato numa sacola e me pediu para pôr a coleira em Ajax. E saímos para tomar o metrô. Passamos uns dias na casa de uma colega de trabalho dela. Mamãe nos disse que queria se divorciar."

Christiane, a irmã, Anette Felscherinow, e a mãe passaram alguns dias no apartamento de uma amiga. Depois precisaram retornar para seu próprio apartamento, no Conjunto Gropius.

Mesmo morando sob o mesmo teto, o pai de Christiane F. começou a se afastar da família e quase nunca estava em casa. Sua mãe chorava sempre, pois se via em um beco sem saída, com duas filhas pequenas para criar e sem o apoio de Dieter.

Foi aí que ela conheceu Klaus, um amigo de Dieter. Eles começaram a sair juntos e Klaus aparecia sempre que o pai das meninas estava ausente.



Diga adeus ao Conjunto Gropius


Não tardaria até que as três fossem morar com ele em seu apartamento em Rudow, uma estação de metrô após o Conjunto Gropius, e Klaus se tornasse padrasto de Christiane F.

Saiba mais:
O padrasto de Christiane F. e a influência dele em seu vício em drogas
O pai de Christiane F.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Verslag van een junkie II

Ao lado, foto de mais uma das capas que o livro "Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..." teve (clique na imagem para ampliar).

Esta edição foi lançada na Holanda. Por lá o livro ganhou o nome "Christiane F., verslag van een junkie", que significa "Christiane F., relato de um viciado".


Confira outras capas do livro ao redor do mundo
Saiba mais sobre a entrevista que deu origem ao livro

domingo, 2 de setembro de 2012

Helmholtz-Oberschule Gesamtschule

Na escola de Christiane F., o início de toda sua odisseia. Cristiane foi matriculada no chamado "segundo ciclo", equivalente à quinta ou sexta séries no Brasil, no Helmholtz-Oberschule Gesamtschule, um colégio localizado na área do conjunto Gropius.

"Eu consegui um excelente boletim escolar e estava apta a seguir o segundo ciclo. Inscreveram-me na Escola Polivalente Integrada, do conjunto Gropius."




O Conjunto Gropius
Conheça o edifício e a rua Joachim-Gottschalk-Weg, onde Christiane F. viveu.




O colégio ainda existe com o mesmo nome, localizado na rua Wutzkyallee, na esquina da Joachim-Gottschalk-Weg, rua em que morava Christiane. Navegue através do Google Street View:


Exibir mapa ampliado


"Parti para a guerra. Contra os professores e contra a escola. Queria ser alguém. Existir. O chefe do bando, em nossa classe, era uma menina. Chamava-se Kessi, já tinha seios de verdade. Parecia ter dois anos mais que os outros. Era também mais madura. Todo mundo a respeitava. Eu a admirava. Meu maior desejo era tornar-me sua amiga."

A admiração de Cristiane F. por sua amiga Susanne Kuhn (Kessi) cresce. Christiane se encontra na fase por qual toda menina passa, aonde ter uma melhor amiga é a coisa mais importante do mundo. Kessi fumava, matava aula, conhecia todos os caras legais e frequentava o Centro de Jovens ("Haus der Mitte") as discotecas mais descoladas do momento. Christiane aprendeu tudo bem até demais.
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