sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Klaus, o padrasto de Christiane F.

Após o divórcio dos pais de Christiane F., sua mãe começou a namorar Klaus, um amigo do ex-marido. Logo Christiane, a irmã e a mãe foram morar com ele, em Rudow, uma estação de metrô depois do Conjunto Gropius.


Mapa de região: em amarelo, o colégio de Christiane F.; em rosa, a rua onde morava, no Conjunto Gropius; a área mais clara destaca o centro de Rudow, seu novo lar


Klaus era jovem e se esforçava para cativar Christiane e sua irmã, Anette, sem sucesso. Christiane, enciumada, passou a vê-lo como um obstáculo entre ela e sua mãe e passou a agir cada vez mais agressivamente.

Klaus não sabia como responder aos ataques de Christiane. Tinha apenas vinte anos de idade, se viu apaixonado por uma mulher que já possuía duas filhas e não sabia como lidar com uma família que não havia sido construída por ele mesmo. Basicamente, fora empurrado para uma responsabilidade de pai (que não era sua, de início) sem estar devidamente preparado. Não demorou até que ele perdesse a paciência com as reações mal criadas das meninas.

Parecia satisfeito quando as enteadas não estavam em casa. Depois de um tempo, Anette foi viver com o pai, Dieter Felscherinow. Já Christiane não suportava a ideia de voltar a morar com ele. Dessa forma, procurava passar cada vez mais tempo na rua, aonde ficou quase que permanentemente exposta às influências dos amigos, o que, juntamente com a negligência de sua mãe, seria decisivo para seu destino e seu ingresso no submundo das drogas e prostituição.
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