É provável que poucos traficantes consigam sucesso em driblar a alfândega americana, o que faz com que a droga chegue até nós em pouca quantidade, com consequente aumento de preço. Aquela velha história de demanda e oferta também se aplica ao comércio de drogas: se a oferta é pouca e a demanda grande, o preço da mercadoria tende a subir.
Por outro lado, um dos principais produtores de cocaína, a Bolívia, está localizada na América do Sul. Seguindo esta mesma lógica, a proximidade e a relativa facilidade na exportação explicaria o fato de ela ser largamente consumida no continente americano e chegar até os usuários com valores mais acessíveis.
Talvez a heroína não seja popular no Brasil por pura e simples questão de má distribuição. Se um dia a exportação por parte dos produtores enfrentar menos dificuldades, a distribuição deve se ampliar e abranger um mercado consumidor mais amplo.
O mapa a seguir mostra a distribuição mundial da heroína, em setas vermelhas, comparada à da cocaína, em setas verdes.
Se existe algum consumo de heroína no Brasil, ele está intimamente ligado ao fato de que a droga, nos últimos dez anos, vem sendo produzida na Colômbia e no México. Sendo assim, é provável que, nos próximos anos, a heroína ganhe espaço ainda na América, já que estes países já são responsáveis pelo abastecimento do mercado dos EUA, maior consumidor de heroína no continente americano.
Fontes: r7.com (mapa) e revista Veja online